E essa história de dependencias...

Esses dias tenho tido um tempinho muito do vagabundo, mas vem me dando à oportunidade de voltar a dar uma passada rápida pelos sites de notícias e pelos blogs dessa nossa imensa blogosfera, voltei até a comentar em uns parceiros, e tenho visto um assunto que até pouco tempo eu concordava, mas depois pensei melhor e não vejo da mesma forma.

Todos, em todos os veículos informativos possíveis sobre o Fla falam da dependência do mesmo em relação ao Adriano. Bom, é bem fato que ele é o cara do nosso ataque e que indiscutivelmente vem sendo a resolução dos nossos “Domingos Problemas” se é que posso chamá-los assim. Mas na maioria dos lugares que vejo falando sobre isso, diz no geral que o Flamengo não é o mesmo sem o Imperador e que um time de verdade não pode depender de um único jogador. Agora vamos analisar muito bem essa afirmação.

Concordo plenamente que o Fla não é o mesmo sem o cara, e também concordo que um time de verdade não depende de um jogador só, mas será mesmo que o nosso Mengão depende só do Adriano?? Vejamos bem, no nosso elenco atual, o armário é o atacante e pronto, ele é o cara, mas tente lembrar de 90% dos gols dele, passe de quem? Agora tenta lembrar dos jogos em que o Pet não jogou, nem o Zé Cachaça joga bem, a bola não chega no Ataque Real e o Fla não é o mesmo, então também dependemos do Pet?

Essa nossa zaga já rodou muito, depois da chegada do Álvaro tudo mudou, em um jogo ele ficou suspenso e a zaga já não foi a mesma coisa. Outra peça importantíssima em toda essa marcação é um cara pouco falado, aliás, muito pouco falado nas rodas de boteco em que o assunto é Urubu carniceiro sem dó, um cara chamado Maldonado. O chileno tá fechando o meio campo, e se por algum acaso algum candango consegue passar por ele, vem o tal do Álvaro e joga o rapaz na arquibancada sem dó. Sabemos pelos tempos do velho Sheik que ataque potente sem zaga que segure não adianta de nada, então podemos concluir que dependemos de Álvaro e Maldonado também?

Na verdade verdadeira mesmo, o que posso concluir é que o meu lindo e amado Flamengo não tem mais um time apenas, temos uma equipe, mas digo equipe de verdade. É como o MegaZord dos Power Rangers pra quem teve infância aqui, ele era composto por vário bichos robôs muito fortes que quando se juntavam viravam um único robô gigantesco e praticamente imbatível, porém, sem um único bicho daqueles, o robô gigante já não era o mesmo. Hoje no mengão temos jogadores chaves, peças fundamentais que juntas formam um time gigantes e praticamente imbatível, não dependemos de um Adriano, um Pet, um Leo Moura, um Zé, ou qualquer um outro, dependemos é de todos, e qualquer um desses que não estiver lá vai fazer falta, o time não vai ser o mesmo. Fazendo uma alusão a um poderoso no Brasileiro e próximo adversário, o Palmeiras teve o Diego Solza convocado, e mesmo com Vagner Love, Cleiton Xavier e outros nomes de força, eles buscaram um empate com o Avaí choradíssimo, e foi só perder mais dois para o jogo contra o Naltico que tomaram um pial respeitadíssimo de 3 a 0. Mas isso não quer dizer que eles não dependem do Diego ou de qualquer outro, isso mostra é que eles também tem uma equipe que junta fica poderosíssima, os tornando o time mais respeitado e temido atualmente no campeonato.

Eu sei que é difícil depois desse passado recente horrível, nós da nova geração Flamenguista entender que um time não é um jogador, mas precisamos abrir a cabeça Nação-Rubronegrense, o Mengão está voltando a ser o que nunca deveria ter deixado de lado, um time que manda no jogo e uma equipe temida como um possível concorrente a título do campeonato mais difícil do mundo. Disse mesmo e repito, concorrente a título, pois um ensinamento de meu querido, respeitoso e amado velho pai já me dizia, ‘se pensa em ser o segundo, tudo ficará mais difícil e sempre ficarás entre os últimos, mas se pensar em ser o primeiro, tudo fica mais fácil e mesmo se ficares em segundo, serás respeitado como campeão’.

E tenho dito.


SRN

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