Hoje acordei e percebi que algo estava diferente. Estava tudo mais calado, sai para trabalhar e as pessoas se olhavam. Quando se conheciam, grande parte das pessoas não falavam nada, somente sinais de cumprimento com aquele sorrisinho meio amarelo, os poucos que falavam largavam um "é..., é hoje...".
Nos restaurantes do centro da cidade, normalmente movimentados e barulhentos, hoje estavam calmos, cheios como de costume, mas calmos. As pessoas se movimentavam suavemente, falavam pouco, pareciam concentradas, nervosas, ansiosas. As vezes uns esfregavam as mãos, outros coçavam a cabeça, as reações eram diversas, mas a apreensão era a mesma.
Até a televisão mudou sua programação, hoje não vai ser como de costume, aliás, nada hoje está acontecendo como de costume, algo está acontecendo, algo na verdade está para acontecer, isso só pode ser um sinal.
É fato, isso é sim um sinal, sinal de que hoje tem disputa, tem decisão, tem demonstração explicita de paixão e raça gratuitas, hoje guerreiros entram em campo para defender um manto que representa uma nação, uma nação que dizem ser a maior do mundo e que mesmo os que a enfrentam não questionam sua grandeza. Tivemos muitas batalhas sofridas, mas essas parece ser a mais importante de uns anos para cá, dessa vez parece ser especial, algo é diferente, sua dificuldade, as circunstâncias, o momento, até a expectativa é outra, como disse antes, hoje nada está como de costume.
Enfim pessoal, hoje tem jogo do Flamengo, mas não só uma partida, vidas estão em jogo hoje, vida de quem dá a vida para ver um clube brilhar.
E tenho dito.
SRN
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